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Como todo estudante de ciência deveria saber, o darwinismo é uma teoria a evolução incompleta.

Os materialistas alegam, é claro, que ela é tão infalível quanto as religiões se apegam ao seu dogma.

No entanto, o fracasso do darwinismo, ou seu desdobramento neodarwinista, em explicar os dados experimentais das lacunas fósseis e a flecha biológica do tempo – o registro unidirecional dos fósseis, do simples ao complexo – é bem conhecido.

(Leia mais sobre isso em meu livro Evolução Criativa)

O que não é bem conhecido é que existe outra teoria da evolução muito viável – uma teoria sugerida nos escritos do cientista e filósofo ocidental Pierre Teilhard De Chardin, em seu livro seminal The Phenomenon of Man (ainda sem tradução para o português), e mais completamente desenvolvido pelo filósofo espiritual oriental Sri Aurobindo, em seu livro  A Vida Divina: Uma Visão da Evolução Espiritual da Humanidade. Esses ilustres filósofos delinearam com sucesso uma teoria da evolução baseada na consciência e no propósito de evolução da consciência.

Apesar de sérios esforços, Darwin, para seu arrependimento, não foi capaz de incluir propósito em sua teoria, embora reconhecesse claramente o papel do propósito na evolução. Por esse motivo, no materialismo científico, todas as mudanças são explicadas de forma causal, nada além da relação entre causa e efeito.

Na visão de mundo quântica, a consciência, ao introduzir a escolha para manifestar o mundo dos seres vivos, introduz propósito ao mesmo tempo.

Dessa maneira, o que Chardin e Aurobindo teorizaram como filosofia, torna-se uma hipótese cientificamente verificável na ciência quântica.

Aurobindo já previu o resultado da evolução da consciência na vida: a próxima evolução é a evolução da mente. Sairemos da era da mente racional para a era da mente quântica, intuitiva, em que os seres humanos viverão a experiência da intuição quântica.

Estamos no começo de tal era, e estamos testemunhando as dores do crescimento para o advento de uma nova era.

Um aspecto dessas dores de crescimento é evitável: a relutância dos pensadores mais materialistas em aceitar a física quântica. Portanto, preste atenção às palavras de Dalai Lama para superar sua resistência: nenhum modelo da realidade funcionará sem a inclusão da física quântica. Aceite-o, realize-o e junte-se sob o guarda-chuva do novo paradigma, da visão de mundo quântica.

Se entendemos a consciência, não a matéria, como o fundamento de todo ser, o problema da dualidade (sujeito x objeto) desaparece. Um atributo importante da consciência é que ela é um todo, no sentido de que é mais do que suas partes. Outra maneira de dizer isso é: a consciência é uma, sem separação; a consciência não pode ser reduzida a suas partes, e essa unicidade já foi comprovada pela física quântica.

A visão de mundo quântica nos mostra que existem dois domínios da realidade que se integram: um domínio a que chamamos de domínio da consciência e suas possibilidades, o domínio da potencialidade (sujeitos potenciais e objetos potenciais); e um outro domínio que é o domínio da manifestação, das experiências materiais, em que sujeitos e objetos interagem na dimensão do espaço e do tempo.

Esses “dois domínios da realidade” é uma ideia antiga; veio de pessoas que agora são pejorativamente chamadas de “místicas”. Essa ideia mística deu origem a religiões. No Ocidente, a potencialidade foi de alguma forma personificada como “Deus”, um ser individual e todo-poderoso, uma ideia que produziu muitas divisões e muito derramamento de sangue, sobretudo na Europa. Com essa história, quem pode culpar os cientistas, de origem majoritariamente europeia, por serem sensíveis a ideias “religiosas” que ressurgem na ciência?

Algo precisa ser dito: as culturas orientais nunca rebaixaram a unidade, chamando-a de Deus e, em seguida, personificando-a e fazendo guerras para impor a sua representação de Deus como correta. Os orientais têm o conceito de Deus, mas esse conceito é secundário à unidade.

Há outra camisa de força que causa sofrimento na cultura ocidental.

A ciência e a tecnologia modernas foram descobertas primeiro no Ocidente. Com essa vantagem adicional, séculos atrás, ocidentais, na verdade europeus, saíram para conquistar e dominar o Oriente, missão largamente bem sucedida. Desde então, os ocidentais desprezam os orientais – “dominadores” versus “dominados”. O misticismo é oriental (como alguém esquece que Jesus era um místico! Mas, claro, ele também era do Oriente! ), então tem que ser uma ideia inferior para ser descartada como um “absurdo”.

O mesmo acontece com a polaridade norte-sul. Na América do Norte, a cultura nativa foi mais ou menos eliminada antes que a conscientização viesse, antes que eles pudessem fazer uma contribuição. Já na América do Sul, os conquistadores do sul da Europa foram influenciados pelas culturas xamânicas preexistentes. Como resultado desse contato com o sutil ou o espiritual, os sul-americanos tendem a ser menos retentivos e mais emocionais.

Se você usa a camisa de força do pensamento racional, você se fecha não apenas às emoções, mas também às intuições. Adicione a essa repressão o excesso de processamento de informações sob o qual você está submetido hoje. Você se torna um ser tão contraído que não consegue experimentar a expansão da consciência, se é que existe alguma. Desta forma, você acaba se adaptando a um estilo de vida que o torna cada vez mais um robô.

Agora, com a visão de mundo quântica, tudo isso muda. Não há nós contra eles; tudo é nós. Em vez de fazer um muro entre os Estados Unidos e o México, precisamos que os americanos abram mais a fronteira e misturem as duas culturas, americana e latina. Em vez de criar rótulos para ideias – isso é oriental, isso é ocidental – precisamos apenas reconhecer onde uma ideia se originou e deixar para lá.

Isso é o que aprendi a fazer. E é isso que convido todos a fazer, a participar comigo e mais milhares de pessoas nessa aventura de integração entre ciência e espiritualidade da nova era.

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